O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil subiu 1,9% em outubro, para 116,2 pontos, retornando ao patamar de janeiro deste ano. O indicador é publicado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com The Conference Board (TCB).
Sete das oito séries que compõem o indicador avançaram no mês passado. As maiores contribuições foram dadas pelo Índice de Expectativas do Consumidor, Ibovespa e Termos de Troca.
Já o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE, FGV/TCB) do Brasil, que mensura as condições econômicas atuais, ficou estável em outubro, em 102,4 pontos.
“O excesso de capacidade ociosa no mercado de trabalho e no setor industrial, aliado à baixa inflação, são condições favoráveis a uma retomada mais vigorosa do crescimento”, afirma o economista Paulo Picchetti, do Ibre/FGV. “O aumento significativo do Iace em outubro sinaliza que a redução das incertezas no quadro político vem se juntar a este conjunto de condições. A evolução das reformas no lado fiscal passa a ser o elemento fundamental para a aceleração do nível de atividade econômica a partir do próximo ano”, diz Picchetti.
O Indicador Antecedente Composto da Economia agrega oito componentes econômicos que medem a atividade econômica no Brasil. Cada um deles vem se mostrando individualmente eficiente em antecipar tendências econômicas. A agregação dos indicadores individuais em um índice composto filtra os chamados “ruídos”, colaborando para que a tendência econômica efetiva seja revelada.
Os oito componentes do IACE são: taxa referencial de swaps DI pré-fixada – 360 dias, Ibovespa mensal, Índice de Expectativas da Indústria (Ibre/FGV), Índice de Expectativas dos Serviços (Ibre/FGV), Índice de Expectativas do Consumidor (Ibre/FGV), Índice de Produção Física de Bens de Consumo Duráveis (IBGE), Índice de Termos de troca (Funcex) e Índice de quantum de exportações do Comércio Exterior (Funcex).