As perspectivas para a economia brasileira continuaram desfavoráveis em abril, conforme mostrou o Indicador Antecedente Composto da Economia Brasileira (IACE), que recuou 0,1% ante março, para 116,6 pontos. Publicado no Brasil em parceria da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) com o The Conference Board (TCB), o IACE agrega oito componentes econômicos que medem a atividade econômica no País.
Cada um deles vem se mostrando individualmente eficiente em antecipar tendências econômicas. A junção dos indicadores individuais em um índice composto filtra os chamados ruídos, colaborando para que a tendência econômica efetiva seja revelada. Em abril, dois dos oito componentes contribuíram para a queda no mês, com destaque para o Índice de Expectativas do Consumidor, com recuo de 2,7%.
O Indicador Coincidente Composto da Economia Brasileira (ICCE), que mensura as condições econômicas atuais, também caiu 0,1% em abril, para 102,5 pontos.
“As quedas do IACE e ICCE em abril refletem um quadro de frustração com a retomada do nível de atividade, e com as perspectivas para o restante do ano”, avalia o economista e professor da FGV, Paulo Picchetti. “A probabilidade de uma reversão de ciclo econômico está mais que nunca condicionada à aprovação nos próximos meses das reformas propostas pelo governo”, completa.