O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil caiu 1,3% em fevereiro, ao registrar a marca de 92,3 pontos, divulgaram nesta terça-feira, 17, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e o Conference Board. O recuo ocorreu após quedas de 1,7% em janeiro e de 0,2% em dezembro. Segundo a pesquisa, três dos oito componentes contribuíram positivamente para o índice do mês passado.
O economista da FGV/IBRE Paulo Picchetti avalia que as políticas fiscais e monetárias, seja as já implementadas ou as que ainda entrarão em vigor, devem melhorar o crescimento econômico brasileiro no médio a longo prazo, no entanto, afirma o especialista, o cenário nos próximos meses não é positivo.
“No curto prazo, o persistente enfraquecimento dos indicadores de expectativas – associado às dificuldades políticas e termos de trocas desfavoráveis – sugere que essas políticas irão afetar negativamente o crescimento”, disse, em nota.
Ataman Ozyildirim, economista do The Conference Board, também avalia que nos próximos meses a situação da economia não deve melhorar. “A taxa de crescimento de seis meses do IACE foi empurrada ainda mais para o território negativo, o que sinaliza que o crescimento econômico deve entrar em deterioração no curto prazo”, afirmou.
Indicador Coincidente
Já o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mede as condições econômicas atuais, avançou 0,1% em fevereiro, registrando a marca de 105,3 pontos. O resultado segue-se a um avanço de 0,6% em janeiro e a uma queda de 1,5% em dezembro.
De acordo com o levantamento, quatro dos seis componentes contribuíram positivamente para o índice de dezembro. Na avaliação de Ozyildirim, o resultado do ICCE revela “uma leve melhora nos últimos meses, indicando que as condições econômicas atuais permanecem frágeis.”