O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 3,2% em abril em relação a março, para 83,0 pontos, segundo dados com ajuste sazonal. “Esta foi a maior queda desde julho de 2013 (-5,6%), um resultado que sinaliza aprofundamento da tendência de desaceleração do ritmo de contratações nos próximos meses”, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), em nota.
Para chegar a esse resultado, os componentes do IAEmp que mais influenciaram foram o indicador da Sondagem da Indústria que mede as satisfação dos empresários em relação à situação atual dos negócios, que recuou 4,4%, e o indicador de otimismo das famílias com a evolução do mercado de trabalho nos próximos meses, da Sondagem do Consumidor, que caiu 4,3%.
O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
Desemprego
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 2,8% em abril na comparação com o mês anterior, para 66,1 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente. “Embora seja a maior alta desde julho de 2013 (7,1%), o resultado foi insuficiente para reverter a tendência de queda do indicador”, destacou o Ibre/FGV.
A fundação ressaltou que as classes que mais contribuíram para o resultado do ICD em abril foram a dos consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00, cujo Indicador de Emprego subiu 6,6%; e a dos que possuem renda familiar entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00, com variação de 1,8%.
O ICD é elaborado a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, com base na pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.