O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil, divulgado nesta quarta-feita, 17, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo The Conference Board, recuou 0,6 % em junho, para a marca de 126,5 pontos. O resultado segue-se a uma redução de 1,2% em maio e à estabilidade observada em abril. Três dos oito componentes que medem a atividade econômica no Brasil contribuíram positivamente para o índice de junho, de acordo com nota distribuída pelo Ibre/FGV.
Na nota, Paulo Picchetti, economista do Ibre/FGV, diz que “a queda do IACE reflete as dificuldades da economia brasileira de continuar apresentando um crescimento sustentado dentro de um contexto de incerteza em relação ao desempenho econômico interno e externo”. Ataman Ozyildirim, economista do The Conference Board, ressalta no texto que “o IACE para o Brasil vem se movendo lateralmente em relação ao ano passado, embora os mercados financeiros assim como as expectativas dos consumidores o pressionem para baixo”.
“O IACE aponta para uma lenta atividade econômica no restante de 2013. O enfraquecimento do IACE está em linha com o enfraquecimento dos principais indicadores na China e na Índia. A última queda do IACE em 2,3 pontos percentuais ao longo de um período de seis meses foi em agosto de 2011, em meio a um cenário de desaceleração econômica”, completa Ozyildirim.
Já o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE) do Brasil, também elaborado pelo Ibre/FGV e pelo The Conference Board e que mede as condições econômicas atuais, aumentou 0,2% em junho, atingindo a marca de 128,7 pontos, depois de uma queda de 0,5 % em maio e de crescimento de 0,8% em abril, segundo estimativas preliminares. Quatro dos seis componentes contribuíram positivamente para o índice em junho.