Nova Delhi (Índia) – A relação Brasil-Índia na área farmacêutica não é novidade. A Índia é um dos grandes fornecedores de medicamentos genéricos para o Brasil. A principal indústria farmacêutica do mercado indiano, a Rambaxy, tem, inclusive, uma subsidiária no Brasil desde o ano 2000, quando o governo brasileiro passou a incentivar o uso de genéricos devido ao elevado custo dos remédios sujeitos à proteção de patente.
A empresa não descarta vôos mais altos no país – de acordo com a diretoria de comunicação da Ranbaxy, tudo depende do crescimento do mercado de genéricos no Brasil. Para a instalação de uma planta industrial, por exemplo, a empresa leva em conta a infra-estrutura da região e o custo da mão-de-obra, pois o objetivo é vender produtos a preços acessíveis. Para isso, conta com 1.200 cientistas e investe 27% do seu faturamento em pesquisas.
A companhia está entre os 10 maiores laboratórios de genéricos do mundo. Vende para 125 países, tem operações em 49 e plantas de produção em nove regiões do mundo. Brasil, Índia, China, África do Sul e Rússia ? o grupo de emergentes conhecido como BRICS ? responde por 36% do faturamento da empresa. Apenas no Brasil, as vendas da Ranbaxy em 2006 atingiram a cifra de US$ 27 milhões.
A empresa tem registro para comercialização, no Brasil, de mais de 100 genéricos nos mais diversos segmentos ? de antinflamatórios a tratamentos para doenças crônicas, como o diabetes. Os medicamentos são fabricados na Índia, mas a formulação e o controle de qualidade são feitos em laboratório no estado de São Paulo. A empresa, agora, investe em outra sede no Rio de Janeiro.