Indefinição sobre guerra força alta do dólar

O ultimato dos EUA a Saddam Hussein também serviu de alerta para os investidores brasileiros pararem de vender dólares. Com isso, a moeda norte-americana fechou a segunda-feira em alta de 0,23%, vendida a R$ 3,443 e comprada a R$ 3,438. Em contrapartida, o risco Brasil recua 2,47% para 1.065 pontos.

A alta do dólar só não foi maior porque, durante a tarde, a venda de moeda por dois bancos segurou a cotação, provocando inclusive queda por alguns momentos. Um desses bancos, o Unibanco, fechou na semana passada a captação de US$ 125 milhões em eurobônus de seis meses fora do país, cuja liquidação estava marcada para ontem.

O dólar passou três semanas em queda com a expectativa de que a guerra entre EUA e Iraque pudesse ser adiada ou não ocorrer. Com isso, os investidores que haviam montado estoques de moeda estrangeira começaram a se desfazer dos excessos, prevendo que a cotação recuasse com a demora dos ataques.

No fim de semana, no entanto, EUA Reino Unido e Espanha, após uma reunião de cúpula, declararam que a discussão diplomática da crise do Iraque acabaria ontem. Os três países acusam Saddam Hussein a manter armas de destruição em massa em seu território, o que a ONU (Organização das Nações Unidas) ainda não provou.

Com o cenário de guerra se consolidando, a expectativa é que os negócios no câmbio continuem reduzidos e a cotação opere com bastante volatilidade, mas mantendo tendência de alta apesar do noticiário interno positivo, disseram analistas.

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