Sem uma definição de como se dará a renegociação das concessões de rodovias, a única empresa que já sinalizou publicamente seu interesse de entregar a concessão é a Invepar, que administra a BR-040 entre o Distrito Federal e o Rio.
“Eu lamento que medidas que deveriam ser intempestivas não foram feitas no tempo certo. Detectamos o problema em agosto do ano passado. Mostramos que, diante da grave crise econômica, era preciso repactuar esses contratos”, diz César Borges, presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e ex-ministro dos Transportes durante a gestão de Dilma.
Segundo Borges, duas concessionárias já manifestaram à Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) a vontade de prorrogar seus contratos e investimentos: a Rota do Oeste (BR-163, em Mato Grosso) e a Concebra (BR-060 e BR-262, em Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal). Outras três concessões, segundo ele, ainda estão em compasso de espera sobre as regras: a MS Via (BR-163, em Mato Grosso do Sul), a MGO (BR-050 entre Minas Gerais e Goiás) e a ECO-101 no Espírito Santo. “Todas estão aguardando essas regulamentações para tomar uma posição. O investimento está parado.”
Sobre a BR-153, concessão da Galvão Engenharia que teve a caducidade declarada pelo governo, Borges diz que se trata de uma situação diferente, porque a empreiteira, neste caso, não chegou a fazer intervenções na estrada. “A BR-153 nunca foi uma concessão de verdade, não foram feitas obras lá, nem se cobrou pedágio”, disse Borges.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.