Indefinição mantém dólar em alta

São Paulo

  – O dólar comercial fechou ontem em alta de 0,48%, cotado a R$ 3,15 na compra e R$ 3,16 na venda. Foi a terceira valorização consecutiva da moeda americana, que já subiu 8,93% depois que o acordo do Brasil com o FMI foi anunciado. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o pregão viva-voz contabilizando queda de 2,87%, com o Índice Bovespa em 9.510 pontos. O volume financeiro era de R$ 485,5 milhões. O clima de indefinição política e econômica retraiu o mercado e abriu espaço para especulações e boatarias. Com isso, o dólar enfrentou forte volatilidade e oscilou entre a mínima de R$ 3,138 (-0,54%) e a máxima de R$ 3,268 (+3,58%).

O Banco Central voltou a vender dólares às instituições financeiras, como tem feito diariamente, mesmo após o fim do compromisso com a “ração diária”. O BC também realizou leilões de “swap” cambial, nos quais conseguiu rolar parte do vencimento de US$ 2,5 bilhões em títulos cambiais previsto para quinta-feira. O risco-país brasileiro permaneceu em leve alta, depois de disparar pela manhã. Os títulos da dívida externa brasileira voltaram a sofrer ordens de venda e influenciam o risco-país brasileiro, que acelerou o ritmo de alta nos últimos minutos. Às 16 horas, o risco-Brasil estava em 2.277 pontos-base, com avanço de 2,52% no dia. O Banco Central (BC) informou ontem que dará prioridade ao financiamento do comércio ao usar os recursos liberados pela redução do piso de reservas líquidas do país (pelo acordo com o FMI, o patamar mínimo agora será de US$ 5 bilhões).

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