Incentivo ao turismo para gerar mais empregos

Os alarmantes níveis de desemprego no Brasil podem ser diminuídos com a geração de trabalho em uma área com grande potencial, mas ainda pouco aproveitado: o turismo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Trabalho mostram que o número de pessoas ocupadas nesse setor aumentou mais de 20% na última década. Estima-se que 35% dos profissionais têm carteira assinada. São mais de 4,5 milhões de pessoas que atuam de forma direta no turismo no Brasil, representando 6% da população economicamente ativa. Os números podem soar animadores, mas estão bem longe do ideal. Estudos indicam que a participação do turismo no mercado de trabalho varia entre 12% e 14% no Caribe, Estados Unidos, União Européia e Oceania.

Com a intenção de incentivar o turismo e, por conseqüência gerar empregos, a pedagoga Josett Mirian Teixeira criou o projeto “Terras e Águas do Rio Iguaçu”, considerado por ela o maior roteiro temático do mundo e que visa uma melhor condição de vida à população paranaense por meio do turismo. “As pessoas podem ficar nas suas regiões de origem e conseguir sustentabilidade com o turismo. As cidades possuem o potencial, mas não criam um produto adequado e competitivo para atrair os visitantes”, afirma.

Assim, o projeto pretende pesquisar e documentar a diversidade, potencialidades, atrações e as estruturas existentes em 56 municípios ao longo do Rio Iguaçu. A proposta é apoiar e divulgar esse potencial. “O visitante vem, por exemplo, para Curitiba no chamado turismo de negócios e depois vai embora. Ele poderia ficar mais tempo no Estado e aproveitar as atrações, o que cria mais trabalho. Isso vai fortalecer as regiões”, comenta Josett. “Serão criados roteiros específicos para o que o visitante quer fazer nas áreas ambiental, de lazer, esportes, belezas cênicas, negócios, entre outras”, explica.

Para ela, o turismo ainda é um segmento novo e, as pessoas que podem explorá-lo, ainda não descobriram seu potencial comercial. “Falta espírito para esse movimento, falta a mentalidade do negócio. Precisamos criar um exemplo, como o caminho de Santiago de Compostela. Ele é muito visitado pela sua divulgação. Isso ajuda a manter o negócio”, afirma Josett. Ela acredita que os envolvidos com potenciais turísticos também precisam investir em educação e capacitação de profissionais que desempenhem um bom atendimento, fator essencial nessa área.

Josett explica que também falta incentivo por parte dos municípios em criar legislações para proteger as cidades neste negócio. “O roteiro explora tudo da cidade e não é deixado para o município nem o valor de um copo de água. Não vale investir em turismo se não possui o retorno”, esclarece a idealizadora. No próximo dia 28, ela estará realizando um seminário para discussão do assunto no plenarinho da Assembléia Legislativa, com a presença de prefeitos das cidades que integram o projeto e especialistas em turismo.

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