Inadimplência sobe 6,6% de janeiro a agosto

A inadimplência do consumidor brasileiro apresentou crescimento de 6,6% de janeiro a agosto, em relação ao período equivalente de 2007, informou nesta quinta-feira (11) a Serasa. Na comparação entre agosto e o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 4,8%. Para o assessor econômico da entidade, Carlos Henrique de Almeida, o maior endividamento, a inflação sobre o orçamento doméstico, e as pressões dos juros, sobretudo de dívidas mais caras como a do cheque especial, causaram dificuldades para o consumidor honrar seus compromissos.

Já no contraponto entre agosto e o mês anterior, a inadimplência entre pessoas físicas recuou 5,2%, queda justificada pelo recuo nos preços dos alimentos, o que aliviou o orçamento familiar, e pelo menor número de dias úteis no oitavo mês do ano, explica o assessor econômico.

O ranking das pendências financeiras nos primeiros oito meses do ano ante o mesmo período de 2007 continua liderado pelas dívidas com bancos, com participação de 43,2% no indicador. Em seguida, aparecem as pendências com cartões de crédito e financeiras (32 5%); os cheques devolvidos (22%); e os títulos protestados (2 3%).

As pendências com cartões de crédito e financeiras representaram valor médio de R$ 410,53, uma alta de 11,8% na mesma base de comparação. As dívidas com bancos tiveram valor médio de R$ 1.377,80 (alta de 8,5%); os títulos protestados, R$ 944,61 (elevação de 8,9%); e os cheques devolvidos, por sua vez, um valor médio de R$ 666,33 (aumento de 10%).

Para o final do ano, Almeida avalia que o comportamento da inadimplência dependerá do impacto dos juros sobre o crédito, da inflação e do grau de endividamento do consumidor. “Além disso, a concessão de crédito por parte do varejo menos organizado também precisa melhorar”, disse.

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