Inadimplência no crédito para veículo deve ficar estável

Depois de caírem no ano passado para o menor nível desde 2005, as taxas de inadimplência no financiamento de veículos devem ficar estáveis este ano, avalia o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Décio Carbonari de Almeida. Mas ele não descarta uma nova redução. “A tendência é de estabilidade ou até de uma pequena queda, por conta da melhora da economia brasileira.”

Mesmo com o aumento da taxa Selic (a taxa básica de juros), o executivo não espera alta da inadimplência. A razão é o aumento do nível de emprego e da renda da população. No ano passado, a taxa para atrasos acima de 90 dias fechou em 2,6%, ante 4,4% em 2009. Segundo Carbonari, os calotes se reduzem tanto na pessoa física como na pessoa jurídica, por causa da melhora da economia.

Mas as prestações dos novos financiamentos de veículos vão ficar mais caras. Além da alta dos juros, as medidas anunciadas pelo governo em dezembro para frear o crédito ao consumo vão ter reflexo no bolso do consumidor. No geral, devem ficar cerca de 15% a 20% mais caras, segundo o presidente da Anef.

Nos prazos, já houve redução em algumas linhas. Os planos máximos disponibilizados para os consumidores baixaram de 80 meses em dezembro de 2009 para 60 meses no final de 2010. Já o prazo médio, que são os prazos em que os consumidores efetivamente tomam o crédito, ficou praticamente estável, passando de 42 para 44 meses no mesmo período de comparação. Segundo Carbonari, os prazos de 90 ou mais meses, que chegaram a ser oferecidos por alguns bancos, têm participação residual no total de financiamento de veículos.

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