A inadimplência dos consumidores brasileiros cresceu 1% de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período de 2006, segundo o Indicador Serasa de Inadimplência da Pessoa Física. Esta é a segunda alta consecutiva, após cinco quedas verificadas desde maio deste ano. A alta no endividamento dos consumidores foi provocada pela crescente oferta de crédito com prazos mais longos, de acordo com os técnicos da Serasa.
O indicador também apontou avanço de 7,9% na comparação de novembro de 2007 ante o mesmo mês do ano passado. Em relação a outubro de 2007 (variação mensal), a Serasa registrou ligeira alta de 0,2% na inadimplência das pessoas físicas.
O aumento do indicador foi puxado pelas dívidas com os bancos, que foram responsáveis por 39,9% da inadimplência dos consumidores nos primeiros onze meses do ano. A segunda colocação do ranking é das dívidas com cartões de crédito e financeiras, com participação de 30,2% na inadimplência no período. Os cheques sem fundos aparecem na seqüência, com 27,4% no acumulado do ano até novembro. Com menor peso na inadimplência das pessoas físicas, os protestos completam a lista, com uma participação de 2,6% de janeiro a novembro de 2007.
O valor médio das dívidas com os bancos nos primeiros onze meses de 2007 foi de R$ 1.277,04, uma alta de 10,2%, se comparado com o mesmo período do ano passado. O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras registrou um avanço de 8,7%, chegando a R$ 366,06, se comparado ao acumulado de janeiro a novembro de 2006. O valor médio das anotações de cheques sem fundos foi de R$ 607,82, alta de 4,8%, na mesma base de comparação. Já o dos títulos protestados registrou aumento de 11 8%, alcançando R$ 881,44.