A inadimplência do consumidor brasileiro caiu 4,99% em fevereiro ante janeiro deste ano, de acordo com o indicador elaborado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Segundo o documento divulgado nesta sexta-feira (11), a redução do número de devedores no segundo mês do ano decorre da queda no desemprego no início do ano, além do fraco movimento das vendas no período. A CNDL também destaca que fevereiro possui menos dias úteis, o que contribuiu para o resultado.

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Na comparação com fevereiro do ano passado, o número de registros no SPC aumentou 10,23% em fevereiro de 2011. De acordo com a pesquisa, o forte aumento se deve à fraca base de comparação, uma vez que o início de 2010 ainda era afetado pelos efeitos da crise econômica global, com baixo desempenho da economia. O indicador de vendas no comércio, normalmente divulgado junto com os dados de inadimplência, não aparece no documento divulgado nesta sexta-feira (11).

Consultas

O número de consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) caiu 0,79% em fevereiro na comparação com janeiro, de acordo com os dados da CNDL. Segundo o documento, a pequena queda pode ser explicada pelo aumento do endividamento dos consumidores no início do ano com gastos escolares e tributos, além do fato de o segundo mês do ano ter menos dias.

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Em relação a fevereiro de 2010, no entanto, as consultas ao SPC Brasil aumentaram 6,44%, já que o início do ano passado ainda era marcado pelos efeitos da crise econômica mundial, com menor atividade econômica. Já os cancelamentos de registros caíram 12,41% em fevereiro em relação ao mês imediatamente anterior. Segundo a CNDL, neste período do ano normalmente os consumidores deixam de priorizar o pagamento de dívidas em atraso em função de matrículas escolares e tributos como IPVA e IPTU.

Na comparação com fevereiro de 2010, porém, a quantidade de consumidores que “limparam” o nome aumentou 10,52%. De acordo com a entidade, a diminuição dos valores dos endividamentos – 74,76% das parcelas em débito são inferiores a R$ 250 – é um dos fatores que facilita a quitação das dívidas. No mesmo período do ano passado, ressalta a CNDL, parte significativa das dívidas estava relacionada a bens de maior valor, que foram beneficiados por incentivos tributários como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

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