O número de famílias paulistanas com contas em atraso atingiu, no mês de outubro, o menor nível desde o início da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (Peic), em fevereiro de 2004. O indicador, calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), passou de 12,1% em setembro para 10,8% em outubro. Em fevereiro de 2004, a pesquisa apontava que o porcentual de famílias inadimplentes era de 25,7%. Em outubro do ano passado, foi de 15,5%.
Para a Fecomercio-SP, a queda é justificada pela confiança em alta que os paulistanos mostram em relação à atual situação econômica do País e pela estabilidade do nível de emprego e renda. De acordo com a Peic, 1.542.611 famílias paulistanas, ou 43% do total, possuíam em outubro algum tipo de dívida com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestações de carro e de seguros. Esse número representa um leve aumento ante o mês anterior (42,5%), mas uma expressiva queda ante outubro do ano passado (49,8%).
Entre as famílias inadimplentes, 51,5% possuem prestações vencidas acima de 90 dias, enquanto 19% estão com débitos pendentes entre 30 e 90 dias e 26% por até 30 dias. Já 3,5% não souberam responder.
O principal tipo de dívida do paulistano é, novamente, a feita no cartão de crédito (72,4%), seguido por carnês (24,6%), crédito pessoal (14,7%), financiamento de carro (9,8%) e cheque especial (7,4%). “Destaca-se que a utilização de cartão de crédito tem se expandido nas classes C, D e E da população, sobretudo pelo aumento dos cartões oferecidos gratuitamente e que podem ser usados como forma de pagamento mesmo que o consumidor não tenha conta bancária”, afirma a entidade, por meio de nota.
