Inadimplência das empresas é a mais alta em oito anos

A inadimplência das empresas no ano passado foi a maior desde 2001. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, divulgado hoje, mostra que a intensa volatilidade dos mercados, causada pela crise econômica mundial, afetou a situação econômica das companhias brasileiras em 2009. Como consequência, o descumprimento das pessoas jurídicas aumentou 18,8% no período, quando confrontado com 2008.

Diante do real forte, do declínio na taxa de crescimento econômico e do pequeno desenvolvimento das economias globais, as empresas de exportação foram as que mais sentiram os efeitos da crise econômica global.

Segundo a Serasa Experian, a aversão ao risco, em meio a um panorama de incertezas, causou uma escassez de liquidez aos negócios, por causa do menor oferecimento de crédito e da falta de alternativa de financiamento no mercado.

Neste ambiente, as pessoas jurídicas tiveram de fazer adaptações internas, como a diminuição da folha de pagamento e o adiamento dos investimentos. Para 2010, a expectativa dos analistas da Serasa é de que o crédito às companhias se amplie num movimento mais saliente do que o das pessoas físicas, com a falta de cumprimento das obrigações apresentado queda ao longo de todo o primeiro semestre deste ano.

Em 2009, a lista de representatividade da inadimplência das empresas foi liderada pelos títulos protestados, com 41,5% de participação no índice, ante porcentual de 41,7% em 2008.

Em seguida no ranking do ano passado, estão os cheques sem fundos, que representaram 38,6% da inadimplência das pessoas jurídicas, também indicando desaceleração ante a fatia do ano anterior, quando atingiu 39,1% das empresas. Já as dívidas com bancos apresentaram elevação, com 19,9% de representação em 2009, ante os 19,2% verificados em 2008.

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