Inadimplência cresceu 12,7% em fevereiro

São Paulo (AE) – A inadimplência dos consumidores brasileiros aumentou 12,7% em fevereiro em comparação ao mesmo mês de 2005, mostra levantamento divulgado ontem pela Serasa. Em relação a janeiro de 2006, entretanto, houve queda de 6,8%. No primeiro bimestre deste ano, a empresa de análise de crédito constatou elevação de 13% ante os dois primeiros meses do ano passado.

Segundo os técnicos da Serasa, apesar do aumento na comparação anual, a inadimplência manteve o mesmo nível do mês anterior, quando cresceu 13,3% sobre janeiro de 2005, e continuou bem abaixo do crédito concedido aos consumidores – em torno de 37% no confronto de janeiro deste ano com o mesmo mês de 2005, conforme os dados mais recentes do Banco Central coletados pela empresa.

Quanto à queda verificada na comparação mensal, a Serasa destacou que, além da continuidade no crescimento do volume de crédito para pessoa física, a redução da inadimplência foi motivada pela melhoria no mercado de trabalho. De acordo com a companhia, a expansão do emprego formal e da renda tem facilitado o pagamento das dívidas assumidas no final de 2005, bem como as despesas típicas de início de ano, como IPTU, IPVA, matrículas escolares e compra de material escolar.

Ranking

O Indicador Serasa de Inadimplência analisa registros de cheques devolvidos por falta de fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com bancos, cartões de crédito e financeiras. No mês passado, os cheques sem fundos apresentaram a maior participação (33,4%) entre as pessoas físicas, com valor médio de R$ 543,95 das anotações negativas no final do bimestre. O porcentual foi ligeiramente superior ao registrado em fevereiro de 2005, quando atingiu 32,9%.

As dívidas com cartão de crédito e financeiras ocuparam o segundo posto, com participação de 32% e valor médio de R$ 306,60. A terceira maior participação (31,7%) foi do indicador dos registros de dívidas com os bancos, que tiveram valor médio de R$ 1.099,10. Os títulos protestados, com 2,9% de representatividade e valor de R$ 764,46, tiveram a menor participação entre as modalidades pesquisadas pela Serasa.

Em relação ao primeiro bimestre de 2005, houve um aumento de 9,4% no valor médio das anotações de cheques sem fundos e uma alta de 16,8% no das anotações de protestos. O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras aumentou 26,1% e o das dívidas com os bancos registrou um aumento de 1,5%. 

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