A inadimplência com cheques está praticamente no mesmo patamar há quatro meses. Estudo da Serasa revela que em julho deste ano foram devolvidos, em todo o país, 19,2 cheques por falta de fundos a cada mil compensados. No mês passado, dos 154,4 milhões documentos compensados, 2,9 milhões voltaram por falta de fundos.

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Segundo os técnicos da Serasa, a relativa estabilidade no indicador de cheques sem fundos é reflexo da atual conjuntura da economia brasileira. ?O balanceamento entre fatores positivos e negativos vem contribuindo para a estabilidade do indicador?, informaram.

De acordo com os técnicos, nos últimos meses as taxas de juros têm dificultado a capacidade de pagamento dos empréstimos contraídos. Entretanto, a deflação recente dos índices de preços colabora com o aumento da renda disponível para o consumo.

Na comparação com julho de 2004, porém, a inadimplência com cheques teve um crescimento expressivo de 23,1%.

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O comportamento de alta em relação ao ano passado também foi verificado nos sete primeiros meses deste ano. De janeiro a julho de 2005, foram devolvidos 18,4 cheques sem fundos a cada mil compensados, um aumento de 15,7% em relação a igual período de 2004, que apontou 15,9 cheques devolvidos por mil.

O estudo da Serasa mostra que nos primeiros sete meses de 2005 foram compensados 1,13 bilhão de cheques, dos quais 20,8 milhões voltaram por falta de fundos.

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Os técnicos da Serasa explicam que o aumento do indicador de cheques devolvidos por insuficiência de fundos em relação ao ano passado se deve às altas taxas de juros que, associadas ao maior endividamento e ao aumento dos preços administrados, comprometeram a capacidade de pagamentos das famílias ao longo desse período.