economia

INA com ajuste sazonal cai 0,7% ante alta de 3,6% em dezembro, diz Fiesp

O indicador de nível de atividade (INA) da indústria paulista caiu 0,7% em janeiro com ajuste sazonal, após alta de 3,6% em dezembro. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 6, pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). Sem ajuste sazonal, o indicador registrou queda de 3,0% em janeiro ante o mesmo mês de 2016. Já no acumulado de 12 meses finalizados em janeiro, o INA recuou 8,3%.

O diretor do Depecon, Paulo Francini, pondera que os dados do primeiro mês deste ano não anulam o saldo de dezembro. “É natural que se passe por uma situação de alta e baixa. Temos uma tendência de lenta recuperação para o primeiro semestre, com essa melhora sendo acentuada a partir do segundo semestre”, estima, em nota. Francini acrescenta que aguarda crescimento de 1,2% na atividade industrial em 2017.

Conforme a Fiesp, todos os indicadores de conjuntura que compõem o INA apresentaram queda em janeiro, com destaque para o total de vendas reais, que mostrou declínio de 1,3%. Este segmento foi o que teve a maior influência na formação do resultado negativo do INA no primeiro mês do ano, segundo a Fiesp. As horas trabalhadas na produção recuaram 0,8%.

Em relação ao uso da capacidade instalada, o nível médio de utilização em janeiro ficou em 75,4 pontos, ficando praticamente estável em relação a dezembro (75,7). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) estava em 75,6 pontos em janeiro de 2016.

Sensor

A pesquisa Sensor que tenta antecipar o resultado do mês corrente fechou em 50,6 pontos em fevereiro, na série sem influências sazonais. Em janeiro, havia atingido 49 pontos. Esse resultado sinaliza discreta melhora da atividade industrial no mês, já que ficou acima da marca de 50 pontos.

De acordo com a Fiesp, o dado superior a 50 pontos é o primeiro resultado apresentado depois de uma sequência de três anos no patamar inferior a esse nível, com ajuste sazonal.

A abertura do Sensor mostra melhora nas condições do mercado de trabalho (de 49,4 pontos em janeiro para 51,9 pontos em fevereiro), nas vendas, cuja pontuação passou de 51,3 pontos para 55,2 pontos, e no indicador de mercado (de 52,5 pontos para 51,5 pontos). “A expectativa de um ciclo de redução mais intenso da taxa básica de juros (Selic) vai beneficiar o desempenho da indústria”, afirma Francini.

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