Os brasileiros já pagaram mais de R$ 404 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais desde 1º de janeiro. Esse valor equivale à média diária de R$ 4,8 bilhões, considerando os 84 dias decorridos de 2014. O cálculo da arrecadação tributária é atualizado, em tempo real, pelo “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

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A marca de R$ 400 bilhões foi alcançada ontem (24) por volta das 19 horas. Em 2013, o registro dessa quantia aconteceu em 3 de abril – 10 dias mais tarde, na comparação com 2014. A soma dos tributos em 2013 chegou a R$ 1,7 trilhão, média de R$ 4,6 bilhões diários. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a carga representou 36,42% do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado.

Com R$ 404 bilhões, é possível comprar quase 15 milhões de carros populares ou erguer mais de 11,5 milhões de casas de 40 metros quadrados, afirma a ACSP. Também dá para construir 1,4 milhão de postos de saúde equipados ou asfaltar 351,5 mil quilômetros de estradas.

O recolhimento formal de impostos já é recorde, mas poderia ser maior. Mais de R$ 115 milhões deixaram de ser arrecadados desde o início de 2014, indica o “Sonegômetro”. Similar ao “Impostômetro”, essa ferramenta do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) estima o rombo da sonegação de impostos. Em 2013, seu primeiro ano de funcionamento, o “Sonegômetro” contabilizou R$ 415 bilhões de perdas para os cofres públicos. Isso representa R$ 1,1 bilhão por dia em prejuízo tributário. A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 83,137 bilhões em fevereiro, recorde para o mês, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Receita Federal.

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