O Impostrômetro (painel que mede a arrecadação das taxas e contribuições ano a ano), instalado em frente ao prédio da Associação Comercial do Paraná (ACP), atingiu a marca de R$ 1 trilhão 87 dias mais cedo que em 2010. O faturamento em 2011 será 15% maior que no ano anterior. O valor foi alcançado nesta terça-feira, 11h30 da manhã, como havia previsto o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), responsável pela operação do impostômetro. A marca mostra o quanto o consumidor tem que desembolsar em tributos.
O recorde de arrecadação é o do ano passado, quando os tributos chegaram a R$ 1,27 trilhão. No entanto, os brasileiros devem desembolsar mais de R$ 1,4 trilhão em tributos neste ano e bater a marca histórica do ano passado. Segundo o presidente em exercício da ACP, Sinval Lobato Machado, pelo andar da carruagem, em 2012 o R$ 1 trilhão em impostos pode ser atingido 100 dias mais cedo que neste ano.
Nos últimos seis anos, período em que o impostômetro passou a contabilizar os valores arrecadados, os números só têm crescido: em 2005 foram arrecadados R$ 732,87 bilhões; em 2006, R$ 817,94 bilhões; em 2007, R$ 923,25 bilhões; em 2008, R$ 1,06 trilhão; em 2009 R$ 1,09 trilhão e em 2010, R$ 1,27 trilhão. Para este ano, o IBPT prevê que o painel bata novo recorde e chegue a R$ 1,4 trilhão.
A maior indignação da população é em como será investido o dinheiro arrecadado com os tributos. “Um trilhão é demais, a gente sofre muito e esse dinheiro todo rolando”, lamentou Flávia Freitas, uma das muitas pessoas que passavam pelo impostômetro na hora em que o mesmo atingia R$ 1 trilhão. Mas não é só Flávia que estava indignada, outra pessoa que passava pelo local e manifestou sua indignação foi Elisa Suttile. “Meu Deus! Isso é uma loucura! A pergunta que fica é para onde vai esse dinheiro todo?”, exclamou. Elisa ainda conclui que para se comprar qualquer coisa se paga impostos. “Até em liquidação”, completa.