Importações superam os US$ 100 bilhões

Foto: Agência Brasil

Armando Meziat: resultado é ?ilusório?.

Brasília – As importações brasileiras atingiram em maio, pela primeira vez na história, a cifra de US$ 100 bilhões no acumulado de 12 meses. Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de junho de 2006 a maio deste ano as importações somaram US$ 100,445 bilhões, com média diária de US$ 401,8 milhões.

 No mesmo período, as exportações totalizaram US$ 148,31 bilhões, com média diária de US$ 593,2 milhões. O resultado das vendas externas, embora represente um crescimento de 19,1% em relação ao mesmo período anterior, ainda está abaixo da meta deste ano, de US$ 152 bilhões.

As importações também bateram recorde mensal ao atingir R$ 9,78 bilhões em maio, superando agosto de 2006, quando somaram US$ 9,121 bilhões. A média diária, de US$ 444,5 milhões, também é recorde mensal.

Embora o resultado das exportações em maio não seja inédito, ele está muito próximo do recorde anterior, de US$ 13,672 bilhões registrados em agosto de 2006. Em maio, as vendas externas totalizaram US$ 13,648 bilhões e média diária de US$ 620,4 milhões.

Ilusório

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Meziat, afirmou que o crescimento das exportações e das importações no mês de maio ?é ilusório?. Segundo ele, o crescimento elevado se deve à operação-padrão realizada pela Receita Federal em maio de 2006, que reduziu o resultado daquele mês, tornando a base de comparação fraca. As exportações em maio de 2007 cresceram 32,4% em relação às de maio de 2006, enquanto que as importações tiveram alta de 32,2% na mesma comparação.

?Esse crescimento elevado não condiz com a normalidade?, destacou o secretário, prevendo uma queda do crescimento em junho deste ano, na comparação com junho de 2006. Meziat previu que as importações continuarão crescendo em um ritmo superior ao das exportações, mas fez a ressalva de que essa diferença no ritmo de crescimento não é suficiente para reduzir o superávit comercial.

O secretário disse que, embora as exportações estejam crescendo 20% no acumulado do ano, e as importações, 25,4%, as vendas externas em valores absolutos superaram as importações. ?É preciso haver um distanciamento das taxas para que o superávit possa cair?, afirmou. No acumulado do ano, o superávit comercial é de US$ 16,854 bilhões e, no acumulado dos 12 últimos meses, soma US$ 47,865 bilhões.

Setor de carnes apresentou bons resultados

São Paulo (AE) – As exportações brasileiras de carne suína, bovina e de frango cresceram em maio na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na comparação com abril, os embarques de suínos diminuíram enquanto os de carne bovina e de frango aumentaram. Os dados referem-se apenas aos embarques de carne in natura, não incluem produtos industrializados.

Os embarques de carne de frango atingiram 259,2 mil toneladas, ante 248,1 mil t em abril e 187 mil t em maio de 2006. A receita das exportações atingiu US$ 363 milhões no mês passado, US$ 336,2 milhões de t em abril e US$ 195,2 milhões em maio de 2006. O preço médio da tonelada de frango exportada pelo Brasil ficou em US$ 1.400 em maio, ante US$ 1.355 em abril e US$ 1.044 em maio de 2006.

Os embarques de carne bovina somaram 138,2 mil toneladas, ante 105,7 mil t em abril e 106,8 mil t em maio de 2006. A receita dessas exportações totalizou US$ 355,7 milhões no mês passado, ante US$ 267 milhões em abril e US$ 281,5 milhões em maio de 2006. O preço médio da tonelada de frango exportada ficou em US$ 2.573, ante US$ 2.524 em abril e US$ 2.636 no mesmo período do ano passado.

Quanto à carne suína, os embarques totalizaram 46,5 mil toneladas em maio, ante 57,2 mil t em abril e 43,8 mil t em maio de 2006. Em receita, as exportações renderam US$ 96,1 milhões, ante US$ 116,5 milhões no mês anterior e US$ 95,7 milhões em maio de 2006. O preço médio da tonelada foi de US$ 2.066 em maio ante US$ 2.037 em abril e US$ 2.183 em maio de 2006.

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