Importações mostram a fragilidade

Paralelamente à queda de 9,5% nas exportações, as importações cresceram 125,9% no primeiro trimestre, para 43 mil veículos. ?É um indicativo de que temos fragilidade do ponto de vista competitivo do mercado externo em relação aos nossos produtos?, disse o presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb. Cerca de 80% dos carros importados vieram do México e da Argentina, países com os quais o Brasil mantém acordos e as importações são isentas de impostos.

Ele calcula que, até fim do ano, cerca de 200 mil veículos de outros países serão importados somente pelas montadoras. Em 2006, foram 141,8 mil carros e, no ano anterior, 88,1 mil. Também há importações feitas por empresas independentes.

?Somos alvo do mundo todo?, disse o executivo. Carros de fabricantes chinesas já começam a chegar ao País. A Chana deve iniciar em breve as vendas de utilitários esportivos e, no próximo ano, começam a chegar os modelos da Chery, que está montando fábrica no Uruguai.

O setor reivindica medidas que possam garantir a competitividade dos carros brasileiros, tanto para vender lá fora como para enfrentar os importados. ?Não são ações emergenciais, mas medidas de longo prazo que possam, inclusive, atrair novos investimentos ao País?, disse Golfarb. A Anfavea deve concluir em dois meses amplo estudo sobre a competitividade da indústria brasileira frente a outros países e apresentá-lo ao governo.

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