As importações brasileiras podem ultrapassar a casa dos US$ 7 bilhões neste mês e chegar ao recorde histórico de US$ 7,5 bilhões, segundo o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento). Até o dia 28, as compras do exterior somam US$ 6,438 bilhões, valor que já é o maior registrado em um único mês.
?A expectativa anterior era que a importação crescesse a uma velocidade acima das exportações e isso está acontecendo nesse mês de agosto?, disse.
A média diária de importações – total comercializado por dia útil – está em US$ 321,9 milhões, o maior valor já registrado. Na comparação com agosto do ano passado, a média registra uma alta de 26%. Já as exportações estão com uma média diária de US$ 494,7 milhões, um aumento de 20,2% na mesma comparação.
Segundo o ministro, o preço do petróleo no mercado internacional influencia esse desempenho. ?Ao mesmo tempo que a Petrobras tem um incremento de produção, significa que ela exporta alguns tipos de petróleo e importa outros ao nível de preço atual?, explicou o ministro.
O ministro destacou ainda que apesar do crescimento das importações, o perfil dos produtos comprados do exterior continua o mesmo, com a predominação de bens de capital (máquinas e equipamentos), matérias-primas e componentes.
?Os bens de consumo ainda representam uma parte pequena das importações?, disse ele. ?O câmbio continua sendo um fator relevante para diversos setores (exportadores) e ao mesmo tempo está sendo um estímulo à importação de muitos produtos.?
Furlan disse também que irá propor à equipe econômica do governo novas medidas de desoneração das exportações. Na ?MP do Bem,? editada pelo governo em junho, as empresas que exportam 80% da produção têm isenção de PIS (Programa de Integração Social), Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
O ministro não entrou em detalhes sobre como será feita essa nova etapa de redução de impostos.
Questionado sobre a dificuldade de se aprovar um novo pacote de desoneração ainda neste ano, ele disse: ?A nossa obrigação é propor.?