São Paulo (AE) – Estudo realizado pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) mostra que as importações de produtos eletroeletrônicos da China crescem de forma exponencial. De acordo com o levantamento, em 2001 as compras totalizaram US$ 520 milhões. Em 2004, o valor já estava em US$ 1,9 bilhão, um crescimento de 265% pelas contas da entidade.
Utilizando as importações de produtos dos EUA como base de comparação, o levantamento mostra que em 2001 o setor comprou US$ 4,6 bilhões, e em 2004, US$ 2,5 bilhões daquele país. ?Esse movimento denota uma clara transferência das compras feitas para a China, o que confirma a migração de empresas para a Ásia em busca de incentivos e mão-de-obra mais barata?, informou a direção da Abinee, em comunicado.
O estudo mostra que cerca de 60% das importações da China são de componentes eletrônicos. A entidade argumenta que boa parte das compras é trazida desnecessariamente, pois o Brasil tem uma indústria capaz de atender parcela da demanda local e agregar valor à produção.
Na avaliação da Abinee, é preciso uma rápida implementação da política industrial oficial, que inclui os semicondutores. A polícia industrial permitiria a substituição competitiva de importações, já que o setor eletroeletrônico é tradicionalmente deficitário. A entidade defende também a inclusão dos componentes na PI, que correspondem a 50% das importações do setor.