Brasília (AE) – A balança comercial teve superávit de US$ 654 milhões na terceira semana de junho. As exportações da semana, que teve apenas quatro dias úteis, somaram US$ 1,910 bilhão, com média diária de US$ 477,5 milhões, e as importações, US$ 1,256 bilhão, com média de US$ 314 milhões por dia. Com isso o superávit acumulado no mês subiu para US$ 1,965 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 5,790 bilhões e importações de US$ 3,825 bilhões.
Os dados, divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mostram que a média diária das exportações, até a terceira semana deste mês, apresentou crescimento de 13,5% em relação a junho de 2005, bem abaixo da alta de 23,9% das importações. Os principais produtos que tiveram alta de importação foram siderúrgicos, automóveis e partes, cereais e produtos de moagem, equipamentos elétricos e eletrônicos, combustíveis e lubrificantes, instrumentos de ótica e precisão e equipamentos mecânicos.
No acumulado do ano, as importações também continuam crescendo com mais força que as vendas externas. As compras no exterior somam US$ 37,827 bilhões, com média diária de US$ 331,8 milhões – um acréscimo de 20,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No mesmo período, as exportações somam US$ 55,256 bilhões, com a média diária crescendo 12,5%, chegando a US$ 484,7 milhões.
Como resultado da alta das importações, o superávit comercial neste ano continua abaixo do registrado no mesmo período de 2005. O saldo acumulado até a terceira semana do mês é de US$ 17,429 bilhões, 2,6% menor que os US$ 17,895 bilhões em 2005. De acordo com o governo, as exportações de produtos básicos neste mês estão 1,6% menores que em junho do ano passado. Houve queda nos embarques de petróleo em bruto, soja em grão, farelo de soja, carne de frango e suína.
As vendas externas de semimanufaturados, por outro lado, cresceram 41,2%, principalmente, em cátodos de cobre, ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, celulose, alumínio em bruto e couros e peles. As exportações de manufaturados aumentaram 15,8%, puxados pelas vendas de tubos de ferro fundido, açúcar refinado, aviões, chassis com motor, polímeros plásticos, máquinas e aparelhos para terraplanagem.