A balança comercial da primeira semana de julho indicou avanço nas importações de bens de capital (bens econômicos que servem para a produção de outros bens) e de insumos, segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Trata-se de uma tendência também percebida nos resultados do primeiro semestre deste ano. Depois do item combustíveis e lubrificantes, cuja média diária cresceu 32,2% em relação à de julho de 2006, aparecem dois itens do grupo de bens de capital – um dos principais indicadores de investimento em plantas produtivas.
As importações de equipamentos mecânicos apresentaram avanço de 28,2%, e as de equipamentos elétricos e eletrônicos, de 13,0%. Entre os insumos, os adubos e fertilizantes tiveram expansão de 115,9%, dada a fase de preparação para a safra 2007-2008. Outros insumos registraram desempenho relevante: produtos químicos, com aumento de 41,7%; plásticos, de 24,7%; borrachas, de 35,3%; cereais, de 29,6%; corantes, de 25,4%; alumínio, 57,7%; algodão, de 25,7%.
As compras externas de aeronaves e peças – sem discriminação de produto final e/ou insumo – cresceram 148,3%. Na mesma situação, as importações de automóveis e peças diminuíram 3,7%.
Exportações
A indicou que a elevação de apenas 4,1% na média diária de exportações na primeira semana de julho deste ano em relação à média de julho de 2006, se deveu ao recuo de 1,1% nos embarques de bens semimanufaturados e ao desempenho medíocre das vendas de manufaturas, que cresceram apenas 4,1%.
As exportações de produtos básicos, que avançaram 8,1%, impediram um saldo comercial mais magro. Entre semimanufaturados o recuo deveu-se à baixa de exportações de açúcar em bruto, de óleo de soja em bruto e de ferro fundido. Manufaturas como os produtos têxteis e o suco de laranja apresentaram crescimento de 2,7% e de 28,4%, respectivamente. Mas houve queda no grupo de material de transportes, de 2,9%. Entre os produtos básicos, as carnes tiveram aumento de 40,8%, o café, de 15,2%, e o fumo, de 44,8%.
