A França terá outro desafio importante pela frente após os ataques desta semana: impedir que sua economia seja afetada. Analistas avaliam que ainda é cedo para medir o impacto dos atentados em Paris, mas temem a possibilidade de haver uma deterioração da confiança de consumidores e de empresários. Países que já sofreram ataques, como EUA e Grã-Bretanha, amargaram períodos de desaceleração econômica.

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Empresários e analistas acompanharam o noticiário dos últimos dias com cuidado. Oficialmente, o discurso diz que ainda é cedo para avaliar o impacto na economia francesa do ataque à sede do semanário Charlie Hebdo. Essa é a avaliação de algumas empresas do setor hoteleiro, de companhias aéreas e do varejo. Todos ainda lamentam a perda de vidas e estão mergulhados no espírito de união nacional em defesa da França.

Informalmente, entretanto, é possível ouvir relatos mais preocupados com o impacto nos negócios. Um dos setores que mais teme consequências é o turismo. País mais visitado do mundo, com 83 milhões de turistas por ano, a França deve 7% de sua economia ao setor. Um executivo de uma pequena rede de hotéis de Paris disse à reportagem que o principal problema para o setor é a permanência da percepção de que a cidade pode ter outros ataques.

De acordo com ele, isso poderia afugentar turistas, especialmente os da classe média ascendente de países emergentes. É verdade que as perspectivas do setor turístico estavam um pouco mornas antes mesmo dos ataques. Após anos de crescimento explosivo no desembarque de passageiros de países emergentes, o fluxo para a França poderá diminuir no curto prazo com a crise na Rússia, um menor crescimento na China e a estagnação econômica do Brasil.

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Esses países são três grandes fornecedores de turistas no mundo em desenvolvimento. Entre os ricos, as incertezas na economia da zona do euro podem amenizar um pouco o fluxo da própria Europa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.