Os preços dos imóveis da Espanha tiveram a maior queda em seis anos no primeiro trimestre, elevando preocupações de que o combalido setor bancário do país pode precisar de mais capital, apesar do resgate recebido recentemente.

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De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), os preços dos imóveis no primeiro trimestre recuaram 6,6%, em relação ao último trimestre do ano passado, a maior queda desde que o órgão começou a compilar os dados, em 2007. Os preços recuaram 14,3%, em bases anuais, após caírem 12,8% no quarto trimestre do ano passado.

O declínio dos preços dos imóveis deverá intensificar a pressão sobre os bancos espanhóis, que estão sobrecarregados com empréstimos para incorporadoras imobiliárias e já estão sendo prejudicados pela contínua depreciação dos imóveis. Nos últimos meses, muitos deles transferiram 50 bilhões (US$ 66,69 bilhões) em ativos desse tipo para um “banco ruim”, criado para aliviar a carga de ativos tóxicos em suas folhas de balanço de acordo com os termos de uma pacote de resgate da União Europeia para o setor no ano passado. Mas a contínua queda do mercado imobiliário ameaça criar mais ativos problemáticos.

Sob os termos do resgate, a UE disponibilizou uma linha de crédito de 100 bilhões de euros para os bancos espanhóis até meados de janeiro de 2014, com a garantia do governo da Espanha. Até agora, apenas 40 bilhões de euros foram transferidos para os bancos que estão na pior situação. A maior parte desse valor foi transferido para o Bankia SA, que foi nacionalizado.

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Funcionários do governo espanhol disseram que qualquer necessidade de capital adicional deverá limitar-se a menos de 10 bilhões para o setor inteiro. Fonte: Dow Jones Newswires.