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Quem pretende comprar um imóvel novo deve ficar atento aos preços, que seguirão aquecidos em 2011 |
O preço do metro quadrado dos imóveis residenciais novos teve uma valorização média de 22% em Curitiba no ano passado, de acordo com a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR).
A tendência é que essa valorização continue, na análise do presidente da Ademi-PR, Gustavo Selig. “Este preço está muito próximo do patamar de outras capitais de mesmo porte, demonstrando a recuperação de um mercado que, por anos, esteve defasado. E a tendência é que a valorização continue”, observa.
A maior variação de preço ocorreu nas casas construídas em condomínios fechados, que registraram alta de 25,5% de janeiro a dezembro de 2010. O preço do metro quadrado, área privativa, destes imóveis em Curitiba passou de R$ 2.014,28 para R$ 2.527,92, em média. Os lotes de terrenos também sofreram reajuste de 22,76% no período. Neste caso, o preço do metro quadrado, área privativa, passou de R$ 565,87 para R$ 694,66. “A escassez de grandes terrenos para a implantação destes empreendimentos é o principal fator responsável pela valorização deste tipo de imóveis. Isto somado a uma oferta restrita neste segmento, concentrada nos bairros de Santa Felicidade e Xaxim, contribuem para puxar os preços para cima”, explica Selig.
Dados da Ademi-PR mostram que, em 2010, foram lançados apenas 20 condomínios de casa em Curitiba, totalizando 729 unidades. Em relação aos lotes de terrenos são 43 novos condomínios, num total de 2.865 unidades. “Em volume de unidades, os empreendimentos horizontais representam quase um terço do montante de apartamentos lançados na cidade no ano passado”, compara Selig.
A liderança do índice de valorização imobiliária na capital paranaense é dos apartamentos. Em 12 meses, o preço do metro quadrado passou de R$ 3.696,44 para R$ 4.373,48, em média, registrando alta de 18,32%. Em 2008, este valor era cotado a R$ 3.014,16 e, em 2009, a R$ 3.696,44.
A alta dos preços é atribuída ao aumento do preço de comercialização dos terrenos e dos materiais de construção. Segundo o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os insumos acumularam alta de aproximadamente 7,6% no ano passado. O setor de construção cita ainda o aumento da remuneração dos trabalhadores, estimulada pela falta de mão-de-obra qualificada, e o acréscimo nos impostos pagos.
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