O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que o sistema de metas de inflação no Brasil é um exemplo de sucesso deste regime em termos mundiais.

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Na avaliação de Goldfajn, manter de forma persistente a busca da meta do IPCA gera bons resultados. Ele destacou que no início de 2016 a inflação estava em dois dígitos, em 10,7%, em meio a profunda recessão. Ele questionou como aquele índice de preços ao consumidor continuava tão alto, apesar da forte retração do nível de atividade e da demanda dos agentes econômicos. “Um dos fatores para isto ter ocorrido foi que as expectativas de inflação não estavam ancoradas, pois estavam ao redor a 8%”, destacou.

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Hoje, por outro lado, com a mudança da política econômica, que realiza ajustes fiscais e reformas estruturais, junto com a percepção de empresários e consumidores de que o BC está firme na defesa da meta de inflação, as expectativas para o IPCA voltaram a ficar ancoradas, o que ajudou a levar o índice para 2,7%. “E nesse contexto, pudemos baixar os juros de 14,25% para 6,50%”, disse.

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Ilan afirmou ainda que, para a gestão da política monetária, “devemos balancear estímulo à economia no curto prazo com projeções para inflação no médio prazo”.

Ele também destacou que quanto melhor estiver o desempenho da área fiscal, melhor a política monetária poderá trabalhar.

O presidente do BC apontou que passados 20 anos de regime de metas de inflação no Brasil, o sistema é mais resistente do que o pensado por seus criadores. Goldfajn foi diretor do Banco Central nos primeiros anos do regime de metas, quando a instituição era presidida por Armínio Fraga.

Ele participou do evento no Fundo Monetário Internacional, no painel “Flexível meta de inflação: avançando as fronteiras de política monetária”.