O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, ficou visivelmente irritado durante evento da Câmara Espanhola em São Paulo, ao ouvir de um espectador, que o chamou de banqueiro, parecer haver no Brasil e dentro da autarquia uma defesa a taxas de juros altos para favorecer banqueiros.
“Eu não sou banqueiro. Sou economista e fui economista-chefe e quando sai de onde estava (do Banco Itaú para presidir o BC) vendi todas as minhas participações”, disse Ilan. “Temos que parar com a ideia de quem esta lá (no BC) são banqueiros”, acrescentou.
Antes mesmo de o participante terminar a fala, Ilan o havia interrompido para dizer que “no Brasil, depois do futebol, todo mundo quer discutir a Selic”.
Ao retomar a palavra, o banqueiro central explicou que em política monetária as coisas não são tão simples quanto parecem e que se assim fosse, todos os seus antecessores teriam derrubado a Selic a níveis internacionais. Ele disse que há viários fatores que determinam o nível de juros de um país e que o BC trabalha para entregar a inflação na meta.