O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, reforçou nesta sexta-feira, 8, que as reservas internacionais do Brasil, de cerca de US$ 380 bilhões, que equivalem a 21% do PIB, são “um seguro contra volatilidade, contra mau funcionamento dos mercados e contra choques externos”. “As reservas nos permitem navegar por esse período oferecendo um pouco dessas reservas para o mercado, que está precisando”, disse em palestra para o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), na capital paulista.
Ilan Goldfajn reforçou que não há relação mecânica entre o câmbio e a política monetária. Ele ponderou, no entanto, que não significa que os choques não influenciem na inflação.
“É isso o que fazemos a cada 45 dias, nós avaliamos os impactos dos choques na inflação”, disse Ilan, reiterando que o fato de a inflação estar baixa dá uma tranquilidade para a política monetária. “A economia está com atividade fraca, a expectativa de todo mundo para frente está bem ancorada na meta, o que ajuda que o repasse para a inflação seja mais baixa”, afirmou.
Para o presidente do BC, para que o cenário continue estável no médio e no longo prazo, com mais crescimento econômico e inflação baixa, é importante sinalizar a continuidade do processo de reformas, principalmente as fiscais. “Isso que vai dar a âncora para a tranquilidade necessária”, disse.