economia

Ilan: ancoragem das expectativas precede qualquer flexibilização monetária

A ancoragem das expectativas é precondição para alcançar uma inflação baixa e estável, além de preceder qualquer processo de flexibilização monetária, defendeu nesta sexta-feira, 12, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

“A reconquista do controle das expectativas de inflação se tornou prioridade”, defendeu Ilan, durante o discurso de encerramento do XIX Seminário Anual de Metas para a Inflação, no Rio.

Segundo ele, o governo conseguiu reancorar as expectativas através da mudança na direção da política econômica e da postura firme da política monetária nos últimos meses.

“Com inflação ancorada na meta, o Banco Central do Brasil pôde intensificar o processo de flexibilização, contribuindo no esforço de recuperação da atividade econômica”, disse Ilan.

O presidente da autoridade monetária defendeu que a condução da política monetária esteja associada a uma comunicação simples, direta e concisa sobre o processo de tomada de decisões.

“A boa comunicação ajuda a manutenção das expectativas ancoradas na meta, o que permitirá taxas de juros estruturais mais baixas no futuro”, contou Ilan.

Ele ressaltou mudanças feitas pelo BC nos instrumentos de comunicação, como a implementação de comunicados do Copom mais completos, sobre o cenário básico, os riscos e as razões que embasaram a decisão. Segundo Ilan, os horários e as datas das reuniões do Copom estão sendo pensados para permitir uma comunicação melhor com o público.

O presidente do BC também mencionou a antecipação da publicação da Ata para quatro dias úteis após a decisão, além da divulgação do Relatório de Inflação mais conciso e detalhado. Segundo ele, o BC deu mais publicidade à sua agenda pública, com regras para reuniões com o setor privado, mas esclareceu que o canal principal de comunicação do Copom é através dos seus documentos oficiais, complementados por discursos e apresentações dos membros do Comitê.

“O Copom não se comunica através de canais indiretos, como atribuições anônimas por terceiros ou via fontes genéricas”, alertou.

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