O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve encolher 1% em 2015, prevê o Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, em um relatório divulgado nesta sexta-feira, 13. “O ajuste na economia este ano não será fácil”, afirmam os economistas do IIF no documento.

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Para 2016, o instituto prevê recuperação da atividade, com expansão de 1,1% no PIB brasileiro. Apesar das dificuldades em conduzir o ajuste econômico, o IIF avalia que ele é essencial para garantir uma recuperação mais sustentável da economia brasileira no futuro.

A piora das projeções para o Brasil em 2015 reflete o ajuste fiscal que vem sendo feito pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que inclui corte de gastos e alta de impostos, e a elevação dos juros pelo Banco Central para conter a inflação, destaca o documento do IIF.

Um dos riscos é que um eventual racionamento de energia elétrica e de água, por causa da forte seca no Brasil, possa piorar ainda mais a atividade econômica, de acordo com o relatório do IIF. O racionamento poderia reduzir o crescimento brasileiro em 0,5 ponto porcentual.

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O IIF espera que o Banco Central continue elevando os juros nas próximas reuniões de política monetária para conter a inflação. A projeção é que a Selic seja elevada até 13% em 2015. Para o câmbio, a aposta é de um real ainda mais fraco ante o dólar. A razão, destaca o relatório, é que o programa de swap cambial do BC “provavelmente vai ser gradualmente reduzido” em 2015.

Os economistas do IIF destacam ainda no documento a piora da confiança dos brasileiros e citam a queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff, em meio ao escândalo gerado pelas denúncias de corrupção na Petrobras e medidas mais duras na economia.

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“Um ajuste macroeconômico muito atrasado está em andamento depois de anos de políticas expansionistas”, afirma o IIF. “A correção em curso na política econômica é essencial para preparar o terreno para uma recuperação sustentável”, conclui o relatório.