São Paulo (AG) – Mais um índice apontou desaceleração da inflação agora em maio: depois do IGP-M – que na segunda prévia do mês registrou deflação – o IGP-10 apontou variação zero em maio. Com alguns índices mostrando trajetória de queda, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, cuja reunião termina hoje, poderia até interromper a seqüência de oito altas seguidas na taxa básica de juros, mas parte considerável dos analistas prevê nova alta de 0,25 ponto percentual. A maioria acredita que a Selic só deve começar a cair no terceiro trimestre, e em doses homeopáticas.

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?Estamos prevendo uma alta de 0,25 ponto percentual na Selic agora em maio. Vamos esperar para ver se a ata, que será divulgada na semana que vem, dá pista sobre uma possível manutenção a partir de junho. Os últimos índices de inflação que foram divulgados ainda mostram taxas crescentes. A queda deve ocorrer somente a partir de outubro e a taxa deve fechar 2005 em 18,25% ao ano?, afirmou Giovanna Rocca, economista do Unibanco.

Elson Teles, economista do Fides Asset Management, também aposta em alta de 0,25 ponto na Selic. Teles apontou a piora nos índices correntes de inflação, inclusive dos núcleos, e disse que se o Banco Central quiser manter a coerência e a sua linha de raciocínio terá de subir mais uma vez os juros.

A economista da consultoria Tendências Marcela Prado trabalha com a expectativa de manutenção da taxa básica neste mês. Segundo ela, a inflação corrente de abril não foi favorável, com a pressão dos preços administrados e dos preços livres. Mas ela prevê recuo da inflação em maio, além da desaceleração da atividade econômica. Para Marcela, houve uma pressão temporária nos preços em abril, com os alimentos e os remédios em alta.

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Segundo os economistas, o aperto monetário deve continuar e o governo, se quiser manter a credibilidade, deve manter a meta de 4,5% para a inflação em 2007. O Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reúne na semana que vem, precisa definir a meta de inflação para 2007 até o final de junho. Caramaschi não acredita que a meta seja afrouxada, mesmo às vésperas de eleição presidencial. Segundo ele, uma maior flexibilidade na meta traria uma imagem ruim para o governo, que perderia credibilidade.