A forte desaceleração na taxa do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), de 1,71% para 0,25%, levou à taxa menor da segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que subiu 0,19% em julho, ante alta de 0,26% na mesma medição do mês passado. A informação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.

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Segundo o economista, a desaceleração nos preços da construção civil foi tão expressiva que acabou por compensar o impacto, na segunda prévia do IGP-M, das acelerações de preços no Índice de Preços no Atacado (IPA), de 0,05% para 0,14%, e no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de 0,22% para 0,29%.

Ele comentou que, dentro do setor da construção civil, o destaque ficou por conta do aumento mais fraco de preços no segmento de mão-de-obra (de 2,95% para 0,10%). O economista disse que, na época do resultado anterior, da segunda prévia do IGP-M de junho, era o período de auge nos aumentos de preços no setor, devido à resolução de dissídios salariais, normalmente realizada nessa época do ano.

"No resultado anterior, havia todo esse efeito dos preços de mão-de-obra; e agora, na segunda prévia, não há mais nada. Isso faz diferença", disse.

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