A deflação de 0,01% na primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de agosto sinaliza um resultado bem menor para o índice fechado do mês, em comparação à elevação de 1,76% registrada pelo IGP-M em julho. A avaliação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Porém, o economista comentou que ainda é muito cedo para saber se o índice pode fechar o mês em deflação. “Não há como saber agora”, afirmou.

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Ele voltou a ressaltar que o cenário está caminhando para uma trajetória de desaceleração das taxas mensais dos Índice Gerais de Preços (IGPs). Entretanto, Quadros lembrou que os IGPs, de uma maneira geral, são muito sensíveis às oscilações de preços e aos choques no mercado internacional. Ou seja: caso ocorra alguma movimentação brusca em preços de itens importantes, como a soja, ou uma disparada no preço do petróleo, as taxas dos IGPs captam rapidamente isso em seu resultado.

Juros

Quadros também voltou a comentar que ainda é muito cedo para saber se essa deflação pode ser um fator que influencie a decisão do Banco Central sobre a trajetória de elevação na taxa básica de juros, a Selic.

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Novamente, o economista voltou a destacar que o cenário de demanda aquecida e oferta com estoques reduzidos permanece, e que o Banco Central toma suas decisões em um horizonte de longo prazo, também observando as perspectivas de inflação em 2009. “A deflação foi uma boa notícia, mas não é uma notícia que muda tudo”, disse.

 

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