Brasília (AE) – O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) ganhou fôlego e apontou em junho inflação de 0,75%. Em maio, o índice tinha registrado cerca de metade do apurado neste mês: 0,38%. Pelo segundo mês consecutivo, a maior pressão veio dos preços no atacado, sobretudo os de origem agrícola. O IPA (Índice de Preços por Atacado) avançou 1,11%, o que representa uma taxa 0,68 ponto percentual superior à registrada em maio, de 0,43%.

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O índice de Matérias-Primas Brutas variou 2,75%, em junho, ante uma elevação de 1,16% em maio. As maiores contribuições positivas partiram de itens como: soja (em grão) (1,72% para 6,34%), cana-de-açúcar (7,62% para 11,01%) e mandioca (aipim) (-12,01% para -4,23%) foram os principais responsáveis pela aceleração do grupo. Este movimento no sentido foi compensado em parte pelas desacelerações dos itens: bovinos (0,64% para -1,83%), aves (8,70% para 3,43%) e tomate (5,54% para -18,44%).

O grupo de Bens Intermediários acelerou para 1,63%, após registrar em maio uma taxa de 0,85%. Somente o subgrupo Materiais e Componentes para a Manufatura teve sua taxa elevada de -0,32% para 1,81% e foi responsável por uma contribuição de 0,33 ponto percentual ao resultado do IPA.

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) também acelerou e apresentou taxa de 1,45%, depois de ter registrado variação de 0,81% em maio. O acréscimo se deve, sobretudo, aos reajustes salariais que fizeram com que o grupo Mão-de-Obra saltasse de 1,26% para 2,43% neste mês.

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O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou variação de -0,44% no mês de junho, o que é 0,51 ponto percentual abaixo da apurada no mês anterior, de 0,07%. Os grupos Transportes e Alimentação foram os que mais contribuíram para o recuo da taxa do índice.

No acumulado de 12 meses, o IGP-M ainda registra inflação de 0,86%. No ano, tem alta de 1,40%.

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