O IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), encerrou o ano em 12,14%. O índice, que serve de indexador para reajustes dos contratos de telefonia, teve forte aceleração em relação a 2003, quando havia registrado alta de 7,67%. Apesar do aumento na inflação, o resultado ficou levemente abaixo da expectativa do mercado. De acordo com a última pesquisa Focus, organizada pelo Banco Central, analistas estimavam que o IGP-DI fecharia o ano em 12,44%.
Em dezembro, o IGP-DI registrou alta de 0,52%, o segundo menor índice do ano. Em novembro havia ficado em 0,82%. A perda de fôlego da inflação no fim do ano pode ser atribuída à desaceleração dos preços no atacado, com destaque para os combustíveis, que passaram de alta de 7,53% em novembro para 2,05% em dezembro. O álcool hidratado passou de 15,51% para 1,28% no mesmo período.
No acumulado do ano, o índice acompanhou a tendência do IGP-M e mostrou diferença significativa entre a inflação no atacado e no varejo. A inflação no atacado representa 60% da composição do IGP-DI.
O IPA (Índice de Preços do Atacado) acumulou alta de 14,67% em 2004. Assim como no IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), aço e petróleo foram os principais itens que contribuíram para a maior pressão nos preços do atacado. Em dezembro, o atacado teve uma inflação de 0,48%.
Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou alta de 6,27% no ano passado. Somente em dezembro, a variação foi de 0,63%. O núcleo da inflação ao consumidor ficou em 0,48% em dezembro.
No mês passado, a gasolina e as tarifas de ônibus foram os itens que mais pressionaram os preços no varejo. O primeiro com alta de 4,13% e o segundo, com 1,08%. A tarifa de táxi registrou alta de 9,7%.
O INCC (Índice Nacional de Custos da Construção) encerrou o ano com uma alta de 11,02%. A principal pressão veio do grupo Materiais e Serviços em razão dos repasses dos preços dos produtos siderúrgicos. Em dezembro, a construção civil teve alta de 0,51%.