O nível de emprego da indústria nacional deve crescer de forma mais disseminada no segundo semestre deste ano, beneficiando principalmente o Estado de São Paulo, indica análise feita pelo Iedi. Segundo o economista-chefe da instituição, Edgar Pereira, a disseminação do crescimento da produção industrial favorece Estados onde a indústria é mais diversificada, com a presença de praticamente todos os setores produtivos, como São Paulo.

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"Antes, quando o crescimento estava mais focado em exportações, eletroeletrônicos ou computadores, somente os Estados onde essa indústria se concentrava eram beneficiados", explicou. No primeiro trimestre, o emprego industrial cresceu 2,1% em São Paulo na comparação com os três primeiros meses de 2006, e no segundo trimestre, a alta chegou a 2,5%.

No primeiro semestre, com o crescimento da produção e do emprego em setores como máquinas e equipamentos e indústria automotiva, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul foram os Estados mais beneficiados. Em Minas, o nível de emprego no primeiro trimestre ficou em -0,8%, e no segundo trimestre, em 1,2%. No Paraná, no primeiro trimestre, o emprego ficou em 1,2%, e no segundo trimestre, em 2,4%. No Rio Grande do Sul, o emprego ficou em -3 5% no primeiro trimestre e em -0,1% no segundo trimestre. Dos 17 ramos industriais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nove registraram aceleração no ritmo de contratações nos primeiros seis meses de 2007.

Têxtil

Pereira destacou que o setor têxtil, com forte presença em São Paulo, teve a segunda maior aceleração do nível de emprego no período, atrás apenas de máquinas e equipamentos, que impulsionou o crescimento econômico do País, e de eletrônicos. No primeiro trimestre, o emprego na indústria têxtil cresceu 0 9% na comparação com os três primeiros meses de 2006, e no segundo trimestre, a alta foi de 2,8%.

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Também de acordo com Pereira, empresas ligadas à fabricação de vestuário e calçados, de uso intensivo de mão-de-obra, começam a diminuir o ritmo de demissões por conta do consumo do mercado interno e pelo aumento da renda média. "Vestuário e calçados, que ultimamente têm sido fortemente desempregadores, continuam desempregando, mas a taxas muito menores. Ou seja, há alguma melhoria nesses setores puxada pela renda interna", disse.