IC-Br de agosto sobe 4,43% e tem maior nível da série histórica iniciada em 1998

A alta do dólar, dos preços agrícolas e dos metais fez com que o Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) subisse 4,43% em agosto, na margem, segundo informou há pouco a instituição. O indicador passou de 162,67 pontos para 169,87 pontos, o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 1998. A elevação do indicador se dá pelo segundo mês consecutivo, já que em junho havia sido registrado estabilidade (-0,01%) dos preços dos produtos básicos que mais afetam a inflação no Brasil.

Ao longo de todo o ano passado, o indicador subiu 5,47%. Em janeiro de 2015, caiu 5,14%; em fevereiro, avançou 4,97% e, em março, disparou, 7,88%. Em abril foi registrada queda de 2,14%. Em maio, houve alta de 0,76%.

No trimestre de junho a agosto deste ano, o índice acumula avanço de 7,31% e, em 12 meses, de 22,70%. No acumulado do ano, há uma elevação de 13,67%. Para efeitos de comparação, o BC também divulga em seu documento que o indicador internacional de commodities, o CRB, subiu 6,98% na comparação mensal, e segue em alta de 10,01% na variação trimestral. Em 12 meses, mantém-se no terreno positivo (30,51%), assim como no acumulado do ano (21,88%).

O grupo energia foi o único a apresentar retração, de 0,03%, na comparação mensal. Esse grupo tem queda de 6,66% nos três meses encerrados em agosto e recuo de 14,18% em 12 meses. No acumulado do ano, no entanto, a alta verificada é de 5,02%. Neste segmento, estão inclusos preços de gás natural, carvão e petróleo.

No caso dos preços de metais – alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel -, a alta em agosto foi de 4,58% na margem, enquanto no trimestre, houve uma perda de 0,92%. Em 12 meses, a alta é de 13,08% e, no acumulado do ano, de 7,46%.

Ainda sobre o mês passado, o segmento agropecuário teve alta de 5,00% na margem em agosto. Itens como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco, entre outros, subiram 11,58% no trimestre. No acumulado de 12 meses, o grupo tem elevação de 33,28% e, no ano, o indicador está positivo em 16,51%.

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