O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), João Carlos De Luca, está otimista com a possibilidade de realização de uma nova oferta de áreas exploratórias de petróleo e gás natural no Brasil ainda no primeiro semestre deste ano. Desde 2008, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) não realiza nenhum leilão com novas áreas. No ano anterior, em 2007, a nona rodada teve blocos da Bacia de Santos retirados da oferta, após a descoberta do mega reservatório do pré-sal em Tupi, e em 2006, o leilão de 2006 havia sido suspenso na Justiça.
“As empresas que querem investir nesta área estão há muito tempo sem novos empreendimentos”, afirmou De Luca, na abertura do seminário “Cenários da Economia Brasileira”, que acontece hoje na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A exemplo do que já ocorreu em 2008, a tendência é de que a 11.ª Rodada da ANP tenha a oferta apenas de blocos em terra ou em áreas pioneiras da margem equatorial do Nordeste. Não há perspectiva de ter sequer áreas em águas rasas nas bacias consideradas mais “nobres”, de Campos e Santos.
Segundo De Luca, a expectativa do mercado hoje está concentrada na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), ainda sem data definida. A reunião deverá discutir quais blocos serão ofertados, entre os que já foram encaminhados pela reguladora como sugestão.
Em sua apresentação, o executivo evitou tecer comentários sobre o novo modelo de partilha que será adotado na área do pré-sal. No mercado até o final de 2010 havia a perspectiva de que a 11.ª rodada pudesse ser realizada com participação de pelo menos um bloco no pré-sal, já sob este novo modelo. Porém, não houve sinalização da ANP de que esta ideia tenha sido levada adiante.