Depois de ter enfrentado períodos de volatilidade pela manhã desta terça-feira, o Índice Bovespa passou a oscilar em torno da estabilidade no período da tarde e assim ficou até os últimos minutos do pregão desta terça-feira. Acabou por encerrar a sessão aos 99.222,25 pontos, em baixa de 0,25%. Os negócios somaram R$ 15,4 bilhões.

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Sem notícias domésticas que pudessem tracionar as ações, o mercado internacional, com suas diversas incertezas, manteve-se como principal referência para os negócios por aqui. Com as bolsas europeias e americanas em queda, não houve fôlego para o Ibovespa sustentar um avanço além dos 99 mil pontos. Na máxima do dia, o índice marcou 99.664,75 pontos, com alta de 0,20%. Na mínima, foi até os 98.002,03 pontos, com queda de 1,47%.

“O mercado brasileiro está à espera de novidades no Brasil ou no exterior e, nesse compasso de espera, por enquanto os 100 mil pontos deixaram de ser suporte e são resistência”, disse Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora. Segundo ele, a falta de um “driver” de maior relevância tem restringido os negócios na B3 a operações de curtíssimo prazo, à exceção de alguns momentos em que o noticiário corporativo leva algumas ações ou setores a se destacar.

Na expectativa pela ata da reunião de política monetária do Federal Reserve, nesta quarta, e do início do simpósio de Jackson Hole, na quinta-feira, as notícias que pesam ainda estão relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China e aos indicadores econômicos na Europa. Por lá, o destaque foi o anúncio do primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, do fim da coalizão governista entre a Liga e o Movimento 5 Estrelas e de sua renúncia ao cargo.

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Enquanto isso, os investidores estrangeiros continuam a retirar recursos do Brasil. Na última sexta-feira, 16, foram retirados R$ 871,5 milhões da B3, no 17º pregão consecutivo de saídas. Com isso, o saldo dos investimentos externos na Bolsa brasileira já é negativo em R$ 9,595 bilhões em agosto. Em 2019, o saldo acumulado de capital estrangeiro na Bolsa está negativo em R$ 20,029 bilhões.

Com o resultado desta terça, o Ibovespa passa a registrar queda de 2,54% em agosto, mas ganho de 12,90% no ano. Na análise por índices setoriais, a maior queda ficou com o índice de energia elétrica (IEEX), que recuou 0,99%. Já os índices de materiais básicos (IMAT) e de consumo (ICON) recuaram 0,09% e 0,10%, respectivamente. O índice financeiro (IFIN), que congrega algumas das ações de maior peso no Ibovespa, perdeu 0,28%.

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