O derretimento do Ibovespa na segunda-feira (08), em sintonia com outros mercados no mundo, deu lugar a um movimento de realização nesta terça-feira (09) com o índice abrindo o pregão com cinco pontos de alta, recuando para dois no meio pregão e fechando o dia com 5,09% de alta.
A volatilidade que deu o tom do pregão refletiu o cenário de incertezas sobre a recuperação da economia norte-americana. Tanto que a baixa expectativa sobre o teor da ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Fed (Fomc) se confirmou e fez o Ibovespa recuar no meio pregão, ao mesmo tempo em que o grama do ouro disparou atingindo a marca histórica de R$ 92,10 e fechando em R$ 89,00.
Para o analista de investimentos da corretora de valores AGL Investimentos, Ubirajara Pereira Rosado, o comportamento da BM&F Bovespa refletiu a queda brusca registrada na segunda-feira e a volatilidade que dará o tom dos próximos pregões. “Até a semana passada o mercado se comportava como um carro 1.0. Agora, passou a operar como carro de fórmula 1. Quem não tem experiência pode perder muito dinheiro se não for bem instruído. Mas quem tem, pode ganhar dinheiro”, recomenda.
Segundo ele, quem está começando agora a investir deve concentrar 10% do capital em ações e o restante em renda fixa, tesouro direto e fundos formados por ações defensivas, ou seja, ações do setor elétrico, por exemplo, que possuem produtos previamente negociados. ”Só de dividendos, esse mercado já garante cerca de 12% de rentabilidade no ano”, informa.