O Ibovespa encerrou o segundo pregão consecutivo em queda nesta terça-feira retornando à marca 103 mil pontos, que não tocava desde o dia 16 de setembro. Sem novidades na cena interna para ajudar na tração, o principal índice da B3 seguiu o sinal de seus pares em Nova York, onde os investidores passaram a se mostrar ariscos a posições em ativos de risco diante das incertezas que envolvem a apresentação de um pedido de afastamento do presidente americano Donald Trump.

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Domesticamente, aumentou a pressão vendedora que já era notada desde o início da manhã em empresas ligadas às commodities, que já seguiam a queda do petróleo e do minério de ferro no mercado internacional.

Por outro lado, companhias de carnes como JBS, Minerva e BRF se beneficiaram de perspectivas de maior exportação em um ambiente de continuidade da peste suína em países asiáticos. Já empresas do varejo avançaram movidas pelo noticiário corporativo.

Também pesou de forma negativa, mas relativamente, na primeira etapa da sessão de negócios o fato de a votação do relatório da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado ter sido adiada para a semana que vem.

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Para Filipe Villegas, analista da Genial Investimentos, levando em consideração a conjuntura atual – com implicações gerais de uma guerra comercial em curso, mas um cenário interno de juros na mínima histórica e em sequência de queda, além de sinais mais claros de retomada, mesmo que lenta da atividade, a bolsa deveria estar mais perto da marca dos 105 mil pontos.

Sem volume significativo durante a sessão, o Ibovespa oscilou mais de mil pontos entre a máxima de 104.982,90 pontos e a mínima de 103.503,53 pontos. Fechou em queda de 0,73%, aos 103.875,66 pontos e giro de R$ 13,9 bilhões, pouco superior ao nível registrado na véspera.

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