A partir de janeiro de 2012, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai mudar a metodologia para o cálculo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O objetivo é atualizar o peso dos itens e grupos medidos no orçamento das famílias brasileiras.

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A primeira leitura realizada de acordo com os novos critérios será divulgada em fevereiro de 2012, referente ao mês de janeiro. “O IBGE vai atualizar as estruturas de consumo dos índices de preços de produtos, com base nas estruturas obtidas a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada em 2008/2009”, anunciou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. “Esse é um aspecto importante, porque atualiza a estrutura de consumo do brasileiro. Embora o hábito possa não ter mudado em termos de introdução de novos itens, muitas vezes o valor gasto com determinado item muda.”

O aumento no consumo de produtos alimentícios pode expandir o peso do item, assim como a disseminação das tecnologias de informação e telecomunicações pode dar mais corpo ao grupo Comunicação. “Como mais pessoas estão comendo, dada a renda, então nós podemos ter, por exemplo, um aumento do peso dos produtos alimentícios. O grupo Comunicação pode ficar mais robusto, mais forte, porque mais pessoas passaram a ter acesso à internet, ao telefone celular, a novas tecnologias”, disse Eulina.

A coordenadora do IBGE explicou que a recomendação internacional é que os institutos que produzem índices de preços atualizem suas bases de cálculo de cinco em cinco anos. “É isso que o IBGE está fazendo”, afirmou. “As mudanças são relevantes dependendo da conjuntura. No caso do Brasil, está havendo mudanças grandes em termos de conjuntura. Isso pode levar a algumas diferenças para cima ou para baixo em determinados itens”, afirmou.

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