IBGE: seca gerou revisão para baixo de vários produtos

A estiagem é apontada como causa para a redução de estimativa de safra de diversas culturas no Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA) de março, em relação a fevereiro. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa de safra de soja caiu 1,9% ante fevereiro, para 86,769 milhões de toneladas. Enquanto isso, a produção de milho 1ª safra ficou 4,5% menor em março em relação ao mês anterior, para 31,528 milhões de toneladas.

A projeção para o café robusta subiu 1,0% em relação a fevereiro mas em virtude de um incremento na área de produção e no rendimento médio na Bahia. Em regiões produtoras do Espírito Santo e do Mato Grosso, a estiagem provocou perdas na produção, destacou o IBGE. No café arábica, o efeito da seca foi mais forte. A estimativa de produção foi revisada para 2,086 milhões de toneladas, queda de 5,1% ante fevereiro. “Importantes registros de queda no rendimento médio devido às altas temperaturas e estiagem prolongada em época crucial de enchimento do grão, inclusive na formação e indução de gemas florais para a safra 2015”, disse o IBGE. A produção também será menor do que em 2013 (-8,1%).

A safra da mandioca também foi revista, para 22,654 milhões de toneladas (-3,1% ante fevereiro). Segundo o IBGE, houve redução na área a ser colhida. “A região Nordeste, que vem de dois anos de seca, na presente informação, reduziu sua estimativa de produção em 13,9% em relação à informação do mês anterior”, disse o instituto. Na Bahia, houve queda de 44,6% em comparação com a estimativa anterior de produção.

Apesar disso, as produções de algodão herbáceo e de arroz registram previsões maiores. A estimativa para o algodão cresceu 10,4% ante fevereiro, para 4,203 milhões de toneladas, em função de baixos estoques, bons preços e demanda crescente. Já a produção do arroz foi revisada para 12,660 milhões de toneladas, alta de 1,3% em relação ao levantamento de fevereiro, em função de aumento no rendimento médio no Rio Grande do Sul, principal produtor.

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