Na passagem de agosto para setembro, 17 das 23 atividades pesquisadas no Índice de Preços ao Produtor (IPP) tiveram aumento de preços, contra 11 na leitura anterior, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As quatro maiores variações de setembro ante agosto foram registradas em fumo (6,74%), outros equipamentos de transporte (4,98%), madeira (3,39%) e alimentos (2,84%).
Os itens de maior impacto na taxa global de setembro ante agosto foram alimentos (0,53 ponto porcentual), outros produtos químicos (0,28 p.p.), metalurgia (0,10 p.p.) e outros equipamentos de transporte (0,09 p.p.). “Todos esses setores que tiveram aumentos mais abruptos estão diretamente ligados à exportação, e essa desvalorização cambial foi responsável pela variação expressiva”, explicou Alexandre Brandão, gerente do IPP no IBGE.
Mais cedo, o IBGE informou que o IPP acelerou a alta para 1,23% em setembro na comparação com agosto, quando a taxa ficou em 0,16%. Até setembro, o IPP acumula altas de 1,99% no ano e de 4,90% nos últimos 12 meses.
No acumulado de 2011, as atividades que tiveram as maiores variações foram calçados e artigos de couro (13,75%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (- 11,70%), borracha e plástico (8,23%) e outros produtos químicos (7,51%). Já os setores com maior influência foram outros produtos químicos (0,77 p.p.), alimentos (0,55 p.p.), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,42 p.p.) e refino de petróleo e produtos de álcool (0,41 p.p.).
Na acumulado de 12 meses, as quatro maiores variações de preços ocorreram em calçados e artigos de couro (16,33%), alimentos (15,11%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,49%) e têxtil (12,87%). As principais influências na comparação de setembro ante o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (2,61 p.p.), outros produtos químicos (1,14 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,69 p.p.) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,51 p.p.).