A indústria paulista registrou, na passagem de abril para maio, o segundo resultado positivo consecutivo, puxada pelo bom desempenho do setor de produtos alimentícios. A alta foi de 1,0% em maio, após já ter subido 3,5% no mês anterior, o que resultou numa expansão de 4,6% acumulada nos últimos dois meses, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional divulgada nesta quinta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A região também registrou expansão em maio nos segmentos de artigos de vestuário e acessórios, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

“Mas o aumento mais relevante mesmo foi dos produtos alimentícios”, apontou o economista Fernando Abritta, técnico da Coordenação de Indústria do IBGE.

A atividade registrou uma alta de 5,1% na produção no Estado em relação a maio de 2013. No entanto, no mesmo período, a indústria de São Paulo recuou 3,6%, o terceiro resultado negativo consecutivo.

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“A queda foi acompanha por 10 das 18 atividades pesquisadas em São Paulo”, lembrou Abritta.

Em maio ante maio do ano passado, os principais impactos para baixo sobre o resultado da indústria paulista foram dos segmentos de veículos automotores, com queda de 17,5% na produção, devido à menor fabricação de automóveis, caminhões-reboque e caminhões; máquinas e equipamentos, com recuo de 12,1%; outros produtos químicos, -7,9%; e metalurgia, -12,6%.

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“Esse setor de veículos automotores também vem recuando no Brasil, por ser muito dependente de crédito, por ter estoques altos”, justificou o técnico do IBGE. “No ano, a produção do parque industrial paulista cai 4,7%, resultado pior que o nacional (-1,6%)”, lembrou o pesquisador.